- Juliana Pina
Éssipê

Espaços compartilhados separados
Sobre, sob, sub, mundo
Pedaços quadrados de ninguém
Medos guardados de alguém
Não mede, não dá pra medir
Porém, tem um porém:
viver em caixa se encaixa no desejo de liberdade?
Voar e não sentir o vento,
que loucura a cidade!
A noite sumiu, o dia durou,
nada e tudo aconteceu
Em meu peito, meu coração não sentiu
nem na Ipiranga, nem na são João
Mas ele descobriu que é marítimo,
que é de outra embarcação
Ser leve ou pesado aqui não é o caso
Você precisa dar pra poder caber
Se não der, vacilou, mané
Lata, lixo, luto, luxo
Eu tô no beco, na bica, na boca, no céu
Tô ficando louca
Mas não... não se desespere.
Se eu desaparecer,
a Bahia é onde vou descer.
Aqui finco meu sentimento estranho por éssipê.