"Peixa" veio junto com esse texto que escrevi em 2018:
 
"Fui peixa quando inventei de vir ao mundo, nadando no oceano profundo que me abrigava.
Fui peixa quando inventei ser artista, nadando contra a maré.
Fui peixa quando aprendi o amor, mergulhando em mim e no outro.
Fui peixa quando entendi a vida... essa eterna falta de ar diante do normal.
Fui peixa sendo gente, comportamento típico dos inocentes.
Sou peixa mesmo não sendo, não sabendo, não entendendo.
Às vezes nem o mar é suficiente.
Peixa não se pesca e nem é sereia.
Mulheres-peixas andam em bando e, ao mesmo tempo, sozinhas.
Vivem discutindo qual será o próximo transbordamento.
Aceitam bem as transformações, vivem o momento.
Se perguntam sempre: onde deixei aquele pedaço de gente que fui?
Criam respostas impossíveis para perguntas sem pé nem nadadeiras.
Sou peixa porque em algum outro lugar sou gente."
 
Essa é uma reprodução da obra original, impressa em papel Studio 210: um papel artístico à base de fibras naturais que grante a fidelidade das cores, tem uma maior durabilidade e não desbota. A moldura é no modelo "caixa", de madeira, vidro e foamboard.
 
A obra original não está a venda.
 
Medidas dos tamanhos:
A5: 15cm x 21cm
A4: 21cm x 30cm
A3: 30cm x 42cm